FORUM,
Fazer-A-Política
Lisboa, 9 de Outubro
de 2019
Assunto: 278ª Sessão do
Fórum «Fazer-A-Política», uma iniciativa ao encontro dos militantes do PSD
Lisboa
Caro(a) companheiro(a),
Esta sessão
realiza-se em Campo de Ourique, Praça São João Bosco n.º 3-B, na Quarta-feira,
dia 9/Outubro/19, pelas 21h30, sede da Distrital de
Lisboa do PSD. Esta é a 278.ª sessão promovida pelo Fórum «Fazer A Política». O
FORUM realiza-se às Quartas-feiras. Estas sessões são promovidas para TODOS os
MILITANTES da DISTRITAL de Lisboa que queiram e gostem do DEBATE.
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Ponto 1 – Rui Rio já não pode dizer que nunca
perdeu eleições e não é que isso tenha muita importância quando o problema
reside em dar rumo ideológico ao PSD para mobilizar o eleitorado. A questão
ideológica sempre foi uma grande dificuldade, mas ao mesmo tempo uma virtude,
daí referir-se que o PSD exercia uma social democracia à portuguesa. É bom que
o PSD não perca a sua matriz ideológica e na lógica de tratar-se de um Partido
transversal na sociedade portuguesa que o faça de forma abrangente ou extensa à
esquerda e à direita. Esta é a razão de fundo que justifica e defende o
posicionamento do PSD ao CENTRO, numa geografia ideológica adaptativa sem
perder o essencial em defesa do SOCIAL. Trata-se de questão fundamental que
poucos líderes, por razões várias, não têm conseguido interpretar, porventura
ou não, devido ao intenso combate interno. Depois há que saber definir bem a
tática do combate político eleitoral em cada luta tendo em conta os principais
opositores. À distância Cavaco Silva além de Sá Carneiro foi dos poucos que no
combate político conseguiu não sair do CENTRO alargando à esquerda (social) e à
direita (liberal). A forma como o PSD está estruturado e organizado pelo país
também não ajuda e deveria ser repensado. O PSD deixou de ser um Partido de
MILITANTES e com militância. A grande parte dos militantes não sabem o que
fazer para discutir a política, não têm espaços para que ocorra e por isso
também não se conhecem, talvez o maior ERRO na história do PSD. Mas, de facto
Rui Rio perdeu as eleições e teve uma quebra de eleitores muito relevante. Será
que retiramos consequências dos factos ou apenas sorrimos, zangamo-nos, mas
resistimos?
Ponto 2 – A abstenção cresceu 2,5%, para 45,5%, o PS
obteve 36,7% (1.866.511/1.742.012 eleitores em 2019/2015/), PSD 27,9% (1.420.644/1.666.221),
BE 9,7% (492.507/549.878), CDU 6,5% (329.241/444.955), CDS 4,3%
(216.454/403.828), PAN 3,3% (166.858/74.752). Uma relevante análise a realizar
deverá considerar naturalmente o perfil do eleitor partidario em termos de
classe social, urbano/rural e motivações, entre outros, mas fundamentalmente
compreender o fenómeno da ENDOGAMIA desenvolvida ao longo do tempo pelas
diferentes famílias políticas que decorre da forma com os Partidos se organizam,
bem como compreender a relação que grande partte dos políticos e famílias se
relacionam e dependem do ESTADO. Talvez, hoje, devam ser as relações e grau
de dependencia económica do ESTADO, a par do processo que suporte o carreirismo
político. Que haja pessoas/indivíduos que se dediquem à causa política não há
mal nisso, antes pelo contrário, mas as razões de fundo e o suporte económico
que os mobiliza esses devem ser elementos de funda preocupação que poucos estão
dispostos a enfrentar seriamente. Enquanto não ocorrer o que estamos a
cosntruir são maquinas políticas centradas no ‘assalto ao pote’, expressão que
ganha todo o sentido e que justifica muito do que se passa na política.
Ponto 3 – Os USA com TRUMP à cabeça estão a promover
uma revolução global na mediada em que estabelecem desequilíbrios estruturais
para diferentes equilíbrios com outras potências politico-militares e
interesses económicos. É em grande parte da vida a ECONOMIA que rege a política
com alguns períodos em que se altera e passa a ser a política a reger a
economia. A força MILITAR é isso serve para impor razões económicas favoráveis.
***
Propõem-se,
para esta semana, os temas e questões seguintes:
1. PSD perdeu as eleições legislativas para
Ant.º Costa com cerca de 28% e RUI RIO é desafiado: Como interpreta os
resultados eleitorais observados do ponto de vista do PSD? Qual o grau de
responsabilidades de Rui Rio neste resultado eleitoral negativo para o PSD? O
problema verdadeiramente é do papel deste líder ou colocam-se questões
políticas de fundo quanto às opções seguidas pelo PSD nos últimos anos? O
problema é da liderança ou da opção pelo posicionamento político do PSD? Qual o
papel da conflitualidade interna nos resultados eleitorais?
2.
Análise das eleições legislativas realizadas dia
6/10/19: Os portugueses verdadeiramente querem o PS a
governar? Em que medida a endogamia política e o domínio das instituições do
Estado pelo PS justificam este e outros resultados alcançado? Em que medida a
Comunicação Social contribuiu para o PS ganhar estas eleições e outras? Como
interpretar os resultados do CDS e que ensinamentos? Afinal, porque o BE e o
PCP perderam eleitores?
3.
TRUMP desafia a
União Europeia através da Turquia (Erdogan) abrindo à matança dos CURDOS: Qual o significado e
implicações políticas globais resultam da saída do exército dos USA da Síria? O
abandono dos CURDOS pelos USA com a sua saída do cenário de guerra a quem
favorece e porquê? Será que os USA (TRUMP) pretende ou não confrontar e
enfraquecer a União Europeia?
Saudações
social-democratas,
J. Augusto Felício
As medidas económicas aplicadas durante o período de 2011 a 2015, pela ala liberal do P"S"D foram um autêntico tsunami que atingiu o eleitorado social-democrata da classe média baixa. Esses estragos mantiveram-se até hoje de acordo com a profecia de Passos Coelho... Muitos votos desses eleitores (ainda hoje não ressarcidos) podem ter engrossado a abstenção e eventualmente outros partidos. O contrário seria certamente um acto de masoquismo ou falta de memória. É como a história se repete, Deus nos livre que este PS repita Sócrates e que os PAF's voltem a castigar os mesmos!
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