FORUM,
Fazer-A-Política
Lisboa, 30 de Setembro de 2020
Assunto: 316ª Sessão do
Fórum «Fazer-A-Política», através da Plataforma ZOOM
Caro(a)
companheiro(a),
É a décima sexta sessão virtual com recurso à Plataforma
ZOOM. Realiza-se na Quarta-feira, dia 30 Setembro/20, pelas 21h30 e corresponde à 316.ª
sessão promovida pelo Fórum «Fazer A Política». Estas sessões são promovidas
para TODOS os MILITANTES da DISTRITAL de Lisboa que queiram e gostem do DEBATE.
Os trabalhos RETOMAM-SE com grande entusiasmo.
Para
aceder à REUNIÃO pode usar o endereço electrónico seguinte:
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/3401510248?pwd=MjNxZ1FqS0Vvd3RSVko2U1dBZXZvQT09
ou ID da reunião Número: 340 151 0248 com a Senha: 8mk8km
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Ponto 1 – No PSD a
questão da criação dos NÚCLEOS em Lisboa é uma ‘polémica’ que quem exerce o
poder político não quer que se conheça/saiba e que se discuta, sequer. Porém,
neste caso tem sido difícil travar todas as discussões e quando aparecem a
HIPOCRISIA é o curativo político, na habitual cena das palavras simpáticas,
desculpas suaves e promessas encantadoras. Quem conhece a política sabe por experiência
acumulada que a forma como se constrói o poder actual associada aos agentes que
o exercem não podem admitir, a todo o custo, que os Núcleos sejam criados. Se o
forem por alguma razão que fugiu ao controlo, então, há que desenvolver
condições que assegurem o seu bloqueamento prático, no limite que não disponha
de condições para funcionar. Ainda mais no limite se funcionar que ocorre
apenas ocasionalmente até ao completo domínio dessas estruturas. O PSD está organicamente bloqueado e em definhamento há muitos anos,
razão por que o PSD perde os seus MILITANTES e acabou com a militância. Os
inscritos no PSD são importantes, apenas, neste sistema, para exercer a função
de eleitos e votante e, tanto quanto possível, sem conhecimento da política. Os
«militantes» do PSD já não se conhecem, apenas pertencem ao Partido porque se
inscreveram. Este tema da criação dos NUCLEOS é político. Associado com o
modelo de estrutura e organização do Partido é de grande valor e significado. Por
isso, é fundamental que defendamos um PSD VIVO, activo e crítico.
Ponto
2 – A discussão do OE é sempre o momento crítico e de máximo significado no
exercício da POLÍTICA. O OE2021 é especialmente crítico dadas as consequências
para PORTUGAL, no caso de não ser aprovado. O País tem muito a perder, pior
quando vive numa situação de grande vulnerabilidade económica à beira da
ruptura, com um dos maiores níveis de endividamento na EU e um DEFICE
extraordináriamente elevado que agrava ainda mais esse endividamento. A sorte
reside nas baixíssimas taxas de juro, em alguns casos negativas. Porém, uma
fraca variação que seja representa caminhar para um novo «default» ou banca
rota, com consequências terríveis para os portugueses. No caso do
BE & PCP recusarem o OE2021, Presidente da República apela ao sentido de
ESTADO do PSD. Mais uma vez, sucessivamente confrontado desde 1995, o PSD ao
reagir com o seu sentido de ESTADO fragmenta-se e estilha como Partido, num
quadro de pura incompreensão como ocorreu ultimamente quando assumiu a
resolução imposta peala austeridade depois da «banca rota» criada pelo PS.
Trata-se, mais uma vez, a ocorrer de uma situação política inaudita!
Ponto 3 – Uma grande
potência dar indicações para um pequeno país fazer isto ou aquilo desta ou
daquela forma, como ameaça não tem nada de novo, é comum desde sempre e sê-lo-á
no futuro. O embaixador dos EUA indicar que o país tem de afastar-se da CHINA,
quando Portugal integra a União Europeia não é apenas um desplante diplomático
para Portugal, mas também um confronto para a União Europeia. A questão é que no
quadro da globalização os EUA deveriam compreender melhor que «esmurrar» os
seus amigos e aliados naturais face a lógicas de poder geoestratégico que hoje
envolvem a CHINA já deveria ter tidos outras atitudes e decisões mais racionais
e lógicas. O MNE reagiu bem e de forma adequada, assim como o PR, tema este que
é bom discutir para melhor compreensão como são tão atribulados os interesses
globais.
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1. Criação
de NÚCLEOS em Lisboa importante para mobilizar MILITANTES: Afinal a
criação de NUCLEOS em Lisboa são ou não importantes? Quem verdadeiramente está
interessado em criar NUCLEOS? Se os NUCLEOS estimulam a discussão de decisões
políticas será que quem as toma está interessado na sua criação? Quem sabe o
que é e para que serve a HIPOCRISIA? Já agora, porque é que a MENTIRA impera na
política? Os políticos representam ou não, realmente, os cidadãos e eleitores?
2. PSD e a viabilidade de OE2021 face a eventual crise
política: BE & PCP irão realmente reprovar
o OE2021 do governo PS?
Se reprovarem, o PSD
abstem-se para que seja aprovado?
Neste caso, o que ganha em
termos políticos o PSD com a abstenção? Quais as consequências para PORTUGAL de
uma crise política no quadro político actual?
3.
«Portugal
tem de escolher agora entre os aliados e os chineses» (Embaixador EUA):
Desde quando as grandes potências económicas e
políticas não interferem nos países dependentes? Integrando PORTUGAL a EU qual
o significado político de um «ultimato» dos EUA a Portugal, nomeadamente para a
própria União Europeia? Será que os países são realmente independentes, então, o
investimento na força e potencial militar serve para festejar? Qual o papel das
empresas multinacionais, será que é apenas para fazer negócios? E se for que
tipo de negócios? Que tipo de conflitos emergem entre os EUA e a CHINA? Qual o
papel dos países «subsidiários»?
Saudações social-democratas,
J. Augusto Felício